Os livros, penso que são
Como portas encantadas,
Que levam a lindas terras,
Onde moram anões e fadas.
Lugares longe e tão belos
Aonde eu não podia ir,
Mas, agora, com esta porta,
É só ter cuidado e... abrir.
Livros por Adelaide Love
O dia 29 de outubro foi escolhido como Dia Nacional do Livro em homenagem à funda-ção da Biblioteca Nacional, que ocorreu em 1810. Só a partir de 1808, quando D. João VI fundou a Imprensa Régia, o movimento editorial começou no Brasil. O primeiro livro publicado aqui foi "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga, mas nessa época, a imprensa sofria a censura do Imperador. Só na década de 1930 houve um crescimento editorial, após a fundação da Companhia Editora Nacional pelo escritor Monteiro Lobato, em outubro de 1925.
O livro é um meio de comunicação importante no processo de transformação do indivíduo. Ao ler um livro, evoluímos e desenvolvemos a nossa capacidade crítica e criativa. É importante para as crianças ter o hábito da leitura porque com ela, se aprimora a linguagem e a comunicação com o mundo.
A maior parte das gaivotas não se querem incomodar a aprender mais que os rudimentos do voo, como ir da costa à comida e voltar. Para a maior parte das gaivotas, o que importa não é saber voar, mas comer. Para esta gaivota, no entanto, o mais importante não era comer, mas voar.
Mais que tudo, Fernão Capelo Ga ivota adorava voar. Como veio a descobrir, esta maneira de pensar não o fazia muito popular entre as outras aves. Até os próprios pais se sentiam desanimados ao verem que Fernão passava os dias sozinho, a experimentar, fazendo centenas de voos rasos.
Não sabia porquê, mas, por exemplo, quando voava sobre a água a uma altitude inferior ao comprimento das suas asas abertas, conseguia manter-se no ar durante mais tempo e com menos esforço. Os seus voos não acabavam com o habitual mergulhar de patas abertas no mar, mas com um pousar leve, de patas bem unidas ao corpo. Quando começou a pousar em pé sobre a praia e depois a medir o comprimento da aterragem, os pais ficaram deveras preocupados.
-Porquê? Fernão, porquê? - perguntava-lhe a mãe. - Por que não podes ser como o resto do bando? Por que não deixas os voos rasos para os pelicanos e para o albatroz? Por que não comes? Filho, és só penas e osso!
- Não me importo de ser apenas ossos, mãe. Só quero saber aquilo que consigo fazer no ar, e o que não consigo, mais nada. Só quero saber.
-Ouve lá, Fernão - disse-lhe o pai com bondade. - O Inverno aproxima-se. Haverá poucos barcos, e o peixe das superfícies irá para zonas mais profundas. Essa história dos voos está muito bem, mas sabes que não te podes alimentar disso. Se tens mesmo de estudar, então estuda a comida e a forma de a conseguir. Não te esqueças de que a razão por que voas é comer.
Fernão baixou a cabeça, obediente. Durante os dias seguintes tentou comportar-se como os outros: tentou mesmo a sério, disputando com o resto do bando a comida dos pontões e dos barcos de pesca, mergulhando para apanhar pedaços de peixe e pão. Mas não conseguiu.
“É tão inútil”, pensou, deixando cair deliberadamente uma anchova, que lhe custara bastante apanhar, aos pés de uma velha gaivota que o perseguia. Poderia ter passado todo este tempo a aprender a voar.
E há tanto para aprender!
Richard Bach
2 comentários:
Também conheço o nosso amigo "Fernando Capelo Gaivota", o meu padrinho falou-me bastante dessa história e acho que além do livro, ofereceu-me também uma gravação com a história... gostei muito de me recordar dessa linda história de vida.
Obrigado Bete
Tenho o meu muito bem guardado.
Sonhadora, estive lá no seu blog e não consegui deixar comentário lá. Assinalo que não tenho blog no blog sapo e mesmo assim não consigo.
Bjs!!!
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