quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Importância da Higiene Genital


Oficina do Gif

A genitália externa da mulher, especialmente a vagina, é úmida. Esta umidade pode variar em volume, cor, odor, consistência e viscosidade de uma mulher para outra e em diferentes fases da vida de uma mesma mulher. Na infância, puberdade e climatério pode ocorrer diminuição da umidade (ressecamento ou secura) da vagina. 

Durante a menácme -período que vai da primeira (menarca) até a última menstruação (menopausa)- normalmente, a vagina nunca fica seca. Ou seja, a genitália tem uma umidade característica, normal. Não se trata de “sujeira”, falta de higiene, nem precisa ser “limpa” a ponto de ficar seca. Se parece excessiva ou de algum modo anormal, é necessário consultar o ginecologista para determinar se há algum problema. Medidas para remover a umidade e o odor normais característicos da vagina não são higiênicas e podem até ser danosas.

Uma ocasião em que a genitália fica mais úmida é durante a excitação sexual. O aumento da umidade e até um fluxo genital faz parte da reação normal, destinada a facilitar o ato sexual. Após o coito, esta umidade também aumenta por causa do sêmen. Não há “sujeira”; apenas secreção genital feminina (e masculina) normal. Nesta ocasião, a higiene consiste apenas em lavar com água e enxugar com pano ou papel macio.

Um odor excessivamente forte pode ocorrer quando não se lava a genitália após a micção ou evacuação ou quando faz muito calor e a transpiração aumenta. Em nosso país tropical, felizmente, aprendemos dos índios o saudável hábito de nos banharmos até várias vezes ao dia. Durante o banho, podemos e devemos usar sabões (sabonete) na pele e nos cabelos, mas não nas mucosas (veja abaixo). Quando se adotam estas práticas higiênicas, não há prurido, ardência, fluxo ou odor anormais, exceto nas doenças, oportunidade em que se deve consultar o ginecologista.

Mas quais seriam as causas de tantas queixas de ardência, prurido e fluxo genital anormal por parte de muitas mulheres? Nossos estudos e experiência profissionais mostram que várias práticas ditas higiênicas, na verdade, promovem doença. Mais do que isto: a compreensão pela mulher da fisiologia normal da genitália e o uso de práticas verdadeiramente higiênicas resolvem a maioria dos problemas.

O progresso material e a sociedade de consumo em que vivemos têm mudado, entre muitas coisas, alguns de nossos hábitos higiênicos. Algumas vezes estas mudanças determinam verdadeiro progresso, menos doença e menor sofrimento. Outras vezes, no entanto, estas mudanças determinam problemas, como ocorre em relação à higiene e saúde genitais. A modernidade trouxe o sabonete, a calcinha, a depilação, os desodorantes genitais, os lubrificantes para o sexo, os absorventes com abinha e “flocgel”, duchas íntimas, etc. 

Estes produtos e práticas se tornaram moda e, impostos pela mídia, moldam comportamentos. Nosso objetivo aqui não é criticar o “progresso”, mas destacar que certos produtos e práticas da moda são causa de doença, como o demonstram numerosos trabalhos científicos e como temos verificado em nossa prática clínica. É importante, portanto, reconhecer as causas de problemas e removê-las.

Fonte: Revista Galante

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